quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Projeto Gripe Suína - E.Mul.Prof.ª Carmelita Guimarães

Ao iniciar o segundo semestre de 2009 fomos supreendidos pela pandemia de Gripe H1NI, a popular Gripe Suína.
Os alunos tiveram contato com diferentes portadores de texto sobre o assunto e para finalizar o trabalho produziram textos falando da experiência e do que tinha aprendido sobre a nova gripe.
O texto selecionado foi o do aluno Rafael Oliveira Souza do 6º ano de escolaridade 1.
A nova gripe no Brasil

A nova gripe no Brasil está matando muitas pessoas.
Para se previnir é preciso: lavar as mãos mais de 10 vezes ao dia, usar lenço ao espirrar ou tossir, não compartilhar alimentos, evitar colocar as mãos no rosto, nariz, boca e nos olhos, evitar aperto de mãos.
A gripe começou no México, foi para os Estados Unidos até chegar aos estados brasileiros.
Se você estiver com sintomas de gripe suína não tome medicamentos,corra diretamente para o Hospital mais próximo.

Trabalhando com poesia-E.Mul.Prof.ª Carmelita Guimarães

Após leitura e interpretação dos poemas "Coisas" de Maria Dinorah e "Uma dúzia de coisinhas que deixam a gente feliz" de Otávio Roth , os alunos do 6º ano de escolaridade ( turmas 1 e 2), da E.Mul. Profª Carmelita Guimarães foram convidados a criar seus próprios poemas a partir de um dos dois temas.Foi um trabalho prazeroso para os alunos que puderam falar de seus gostos pessoais.Vejam alguns resultados:

Coisas
Autora: Fabiana Souza Rodrigues (6º ano de escolaridade 1)

Coisas boas:
Amizade, professora, passeio, felicidade,
amor, harmonia
tudo que vier e der.

Coisas lindas:
Paisagens, o céu, as maravilhas de Deus,
o amor, os lagos, as praias
e tudo que Deus fizer.

Coisas de todos:
Praça, parque, escola, folhagem,
lua, sol,
São coisas de todos mas
como tem pessoas egoístas
nem tudo no mundo é da gente.

Coisas de poucos:
Milagre, vitória e medalha
pois nem todo mundo que quer,
consegue. Coisas
Aluna: Heiga Cristina Juvenal ( 6º ano de escolaridade 2)

Coisas boas:
bala, pipoca, chicletes, alface

Coisas lindas:
borboletas, poemas

Coisas de todos:
Educação, Respeito, lua, estrela ,lagoa

Coisas de poucos:
amor, paixão, carinho.
Coisinhas à toa que deixam a gente feliz
Autor: Gabriel de Souza Oliveira( 6º ano de escolaridade 1)

Brincar de pique
Ver televisão
Passear no sítio
Andar a cavalo
Brincar no computador
Andar de bicicleta
Brincar com meu cachorro
Ir ao parque.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Gestar II - Unidade 22 - Produção Textual: planejamento e escrita


Atividade 1

Leia os três textos a seguir:


TEXTO 1:


Poesia

Gastei uma hora pensando em um verso

que a pena não consegue escrever.

No entanto ele está cá dentro

inquieto, vivo.

Ele está cá dentro

e não quer sair.

Mas a poesia deste momento

inunda minha vida inteira.

Andrade,Carlos Drummond de . Alguma poesia.Rio de Janeiro,Record,2001.p.16



Texto 2:


Ah, sim, a velha poesia...

Poesia, a minha amiga...

eu entrego-lhe tudo

a que os outros não dão importância nenhuma...

a saber:

o silêncio dos velhos corredores

uma esquina

uma lua

(porque há muitas, muitas luas...)

o primeiro olhar daquela primeira namorada

que ainda ilumina, ó alma,

como uma tênue luz a lamparina,

a tua câmara de horrores.

e os grilos?

sim, os grilos?

os grilos são poetas mortos.


Entrego-lhe grilos aos milhões um lápis verde um retrato

amarelecido um velho ovo de costura os teus pecados as

reinvindicações as explicações - menos

o dar ombros e os risos contidos

mas

todas as lágrimas que o orgulho estancou na fonte

as explosões de cólera

o ranger de dentes

as alegrias agudas até o grito

a dança dos ossos...


Pois bem,

às vezes

de tudo quanto lhe entrego, a Poesia faz uma coisa que

parece que nada tem a ver com os ingredientes mas que

tem por isso mesmo um sabor total: eternamente esse gosto de nunca e

sempre.

Quintana, Mário.Nova Antologia. São Paulo,Globo,1981.p.92-93.



Texto 3:


Quando vem um vento forte elas

voam como aves, as folhas de papel,

como as folhas das árvores.Para

longe, onde não sejam lidas mais.

Antes estavam uma após a outra, 3,4,

5, na ordem.Agora só as 9 agora

entre 55 outras 13 folhas voadas 20

de outras 43 mesas agora 18 as letras

7 soltas agora sobre a 10 grama 62

da praça. Os pontos e as vígulas

espalhados como grãos de areia

sobre a praia.Agora pousadas nas

calçadas, de cara para a sola dos

sapatos, nas poças, agora estão

livres; as palavras

Antunes, Arnaldo.As coisas.São Paulo, Iluminuras,1982.p.81



ATIVIDADES:

a) Quais os prováveis leitores desses textos? A partir das informações oferecidas, onde foram publicados?

R = TEXTO 1: Pessoas que admiram poesia, alunos estudando literatura, poetas e escritores. Foi publicado no livro Alguma Poesia.

TEXTO 2 : Sendo o texto 2 um pouco mais profundo ,imagino que o leitor seja um admirador de poesia ou da obra do autor, professores e alunos universitários. Foi publicado no livro Nova Antologia .

TEXTO 3 : O texto 3 é bem moderno e atual ,apresenta uma linguagem intuitiva e deve ter como leitor um admirador da obra do autor, ou fãs curiosos que gostariam de conhecer um novo lado da obra do autor além é claro de poetas e escritores. Foi publicado no livro As coisas.

b) Qual a função do texto poético?
R = Função poética, trabalhando a expressividade para transmitir sensações,pensamentos e emoções do autor.

c) Qual o objetivo possível de poemas como esses? Justifique sua resposta, considerando a função do poema.

R = Os autores, através de diferentes formas estéticas, tem por objetivo narrar o seu processo criativo onde relacionam sua arte com a vida usando de emoções e outros elementos expressivos para agradar e atender a vários tipos de leitores.

d) Vamos refletir sobre a sua experiência pessoal como poeta. Você escreve poesia?Quando escreve?Já teve que escrever poesia, mesmo não acreditando-se poeta?Em que ocasião?

R = Confesso que já escrevi mais e tive mais habilidades para escrever quando a leitura e a escrita faziam mais parte do meu dia-a-dia. Pois com o tempo, ou melhor a falta dele, o trabalho e as preocupações de sempre ,só nos dedicamos a ler o que precisamos para nosso trabalho ou alguma capacitação extra e fui deixando de lado a leitura pelo prazer e com isso escrevo cada vez menos.
Na minha infância e adolescência estava sempre escrevendo algo sobre mim e sobre o que me passava pela cabeça no momento, tinha grande prazer em escrever e guardar meus poemas em cadernos que sempre relia e mostrava aos professores.
Houveram também ocasiões em que em um curso ou capacitação era convidada a escrever e com prazer passava as idéias para o papel mas, nem me lembro qual foi a última vez em que escrevi um poema.

e) Na sua opinião , como se planeja um texto poético?Quais as possibilidades de planejamento?Quais os passos que considera ou mesmo estretégias que utilizaria?

R = É importante levar em consideração que um poema é uma função expressiva individual, assim cada pessoa terá a sua forma de se expresar , de transmitir seus sentimentos e emoções em um texto poético. Porém, quando vamos propor um tema para a produção de um texto poético devemos antes ter uma preparação através do estudo não só de poemas mas também de outros gêneros literários com um determinado assunto para que, a partir de um ponto de referência as ideias venham a fluir em forma de poema.

f) Escreva um poema, mesmo que curto, seguindo os elementos da etapa de planejamento descritos na resposta ao item anterior.Anote novos elementos que não havia considerado na resposta anterior e que surgem quando tenta escrever um texto:


R = POESIA HOJE E SEMPRE


A poesia está no ar,

no luar,

em todo lugar,

basta parar, pra pensar

e pronto

um poema já está a rolar

tudo a nossa volta

sugere um som,

uma palavra ,

um verso,

uma rima,

uma cor,

que nos motiva

e assim começamos a criar

e imaginar

um universo tão grande

que um dia pode acabar

e pensar que com um pequeno gesto

tudo podemos mudar

É só parar

pra pensar

e com os olhos de dentro

enxergar

que a beleza que vemos

prescisamos conservar

para que no mundo inteiro

vida e poesia

não venham a faltar.


Luciana Carvalho de Sousa / setembro -2009



"Ao escrever o poema acima promeiro pensei em falar somente sobre o processo de criação da poesia através da observação do espaço a minha volta , a medida que fui escrevendo já pensei em colocar algo mais atual e falar que tudo que observamos em nosso dia-a-dia e que nos serve de inspiração corre o risco de acabar neste incrível e rápido proceso de destruição do nosso planeta a que estamos assistindo impassivéis e analisar que será não só o fim da natureza mas também do ser humano e de tudo o que ele produz."

g) Anote novos elementos que não havia considerado nas resposta anteriores à escrita do poema e que surgiram quando tentou escrever nesse gênero:

R = Durante o processo de criação do poema ,mesmo não me preocupando tanto com o uso deste recurso, foram surgindo várias rimas ,que acabei usando e isto me fez lembrar a preocupação que nossos alunos tem quando lhes é sugerida a escrita de um poema, se haverá necessidade de rimas que hoje, em tempos de modernismo, não são necessárias mas que, em minha opinião, dão mais riqueza e sonoridade aos versos mesmo que sejam versos livres.

h) Você notou alguma diferença entre às duas respostas?Se sim, a que atribui a diferença ?

R = Na primeira resposta preocumei-me mas com o processo de criação usado e na segunda em analisá-lo esteticamente.

i ) Você desenvolve atividade de produção de poemas com seus alunos?Como os ensina a produzir utilizando esse gênero?A seguir, descreva, brevemente, que atividade de leitura e escrita desenvolve com eles nessas ocasiões>

R = No meu trabalho com meus alunos estou sempre propondo a produção de diversos gêneros textuais a partir do tema em estudo, da proposta do livro didático, de projetos desenvolvidos pela escola ou institucionais, projetos sugeridos pelos alunos,etc.
Sempre procuro antes de chegar ao momento da produção, explorar bastante vários formas de expressão para que o aluno se ambiente com o tipo de texto que terá que produzir e as tome por base para seu trabalho.
No nosso último trabalho trabalhei com dois poemas curtos "Uma dúzia de coisinhas à toa que deixam a gente feliz"(Otávio Roth) e "Coisas"(Maria Dinorah) e após leitura silenciosa, declamação, interpretação oral e escrita surgiram poemas muito bem elaborados por crianças do 6º ano de escolaridade de uma das escolas na qual trabalho com Língua Portuguesa.
É muito importante nesse processo partir de coisas simples, da vivência da criança para que ela se expresse com clareza e prazer.
Vejam alguns exemplos:


COISAS
AUTOR:Rodolfo Gonçalves de Oliveira

Coisas boas:
macarronada, abacaxi
banana e pêssego

Coisas lindas:
músicas, cinema
e teatro

Coisas de todos:
cidade, alegria
e paz

Coisas de poucos:
riqueza, dinheiro,
amigos


POESIA : O EU FELIZ
AUTORA : Larissa Rocha Garcia

A felicidade entra em nosso coração
por pequenos motivos
Às vezes por coisas sem razão

Acordar com o sol raiando no rosto
ganhar um presente
que você sempre sonhou ter
ou até mesmo alguém ficar grudado em você

Às vezes nós ficamos felizes por grandes motivos
Porque a felicidade se espalha
por todo nosso corpo nos deixando felizes
Porque nós temos amigos,temos família
e o melhor de tudo é que nós temos
a felicidade no nosso coração.

(Aluna Larissa Rocha Garcia - 11 anos - Escola Mul. Profª Carmelita Guimarães -Cataguases-M.G)